1. ÁREA: Missiologia
2. TEMA: DA MISSÃO AD GENTES À EVANGELIZAÇÃO INTER GENTES: Nova época e metodologia missionária a partir do Concílio Vaticano II
3. OBJETIVO: Investigar os caminhos teológicos e pastorais abertos pelo Concílio Vaticano II quanto à missão ad gentes e os novos paradigmas da evangelização inter gentes.
4. RESUMO EM ESQUEMAS:
a) JESUS E AS PRIMEIRAS COMUNIDADES
· Jesus = enviado do Pai que envia seus discípulos: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho...” (Mc 16,15)
· Primeiras comunidades: testemunho, comunhão e missão; principalmente nos centros urbanos (gentios) = ad gentes.
· Missionário/a: os que seguiam Jesus eram discípulos/as e “enviados”.
b) IDADE MÉDIA
· Séc. VI-VII: Evangelização dos bárbaros nos pagos (gentios do interior tidos como ignorantes); conversão em massa; instrução na fé cristã..
· Missionário: Responsabilidade da Igreja Institucionalizada: monges-missionários, bispos, padres.
· Posteriormente (séc. XI-XIV): cruzadas, Ásia (para conter o islamismo)
c) MODERNIDADE
· Séc. XV: origem da missão ad gentes como missão ad extra: levar o Evangelho e as estruturas da Igreja (“sociedade perfeita”):
- da Europa Cristã para outros continentes;
- junto ao projeto colonizador dos padroados
(a cruz e a espada caminham juntos)
- Séc. XIX: Restauração e renascimento missionário: separação da Igreja e do Estado:
- surgimento dos institutos missionários “ad gentes” (especialistas na missão) e de associações missionárias.
- Objetivos: converter, trazer para dentro, batizar para salvar as almas, plantatio ecclesiae”; chegar primeiro que os protestantes.
- Missionário/a: sacerdotes e religiosos/as.
d) CONCÍLIO VATICANO II (1962-1965)
· Aggiornamento, diálogo e abertura;
· “A Igreja peregrina é, por sua natureza, missionária” (AG 2).
· A Igreja é Povo de Deus = vocações e ministérios.
e) MISSÃO HOJE
· “crise” e “afrouxamento” quanto à missão ad gentes (como era);
· Evangelização Inter Gentes
- Entre povos e continentes, igrejas locais e Igreja Universal;
- Testemunho, respeito das diferenças e inculturação (convivência intercultural)
- Evangelização: ato profundamente eclesial, não é um ato individual e isolado de pessoas e grupos;
- Missio Dei
· Novos desafios: diálogo interreligioso, ecumenismo, centros urbanos, minorias étnicas, pobres, mundo digital, ecologia etc.
· Missionário/a: todos os batizados!
5. BIBLIOGRAFIA BÁSICA
· BOSCH, David. Missão transformadora: mudanças de paradigma na teologia da missão. 2ª ed. São Leopoldo: Sinodal, 2007.
· LABONTÉ, G. e ANDRADE, J. (orgs). Caminhos para a Missão: fazendo missiologia contextual. Brasília: abcBSB, 2008.
· SUESS, Paulo. Introdução à teologia da missão: convocar e enviar: servos e testemunhas do Reino. Petrópolis: Vozes, 2007.
· VÁSQUEZ. Marina Aguilar. La misión inter gentes. Quito: CAM3/COMLA8, 2008.
Este trabalho visa analisar as mudanças ocorridas a partir do Vaticano II e os novos paradigmas na atualidade quanto à missão ad gentes como evangelização inter gentes.
Isto será desenvolvido a partir de três núcleos de pesquisa:
1) No primeiro capítulo faremos uma pequena definição do termo ad gentes e um breve percurso histórico que favoreça a uma maior compreensão das práticas missionárias católica durante estes vinte séculos (antes do Concílio Vaticano II), destacando alguns aspectos significativos das quatro fases: nos primeiros séculos (séc. I-IV), entre os bárbaros (séc.V-XV), no Novo Mundo (séc.XVI-XVIII) e na Restauração (séc.XIX-XX), bem como os processos que foram desencadeando no Concílio Vaticano II (1962-1965).
2) No segundo capítulo, intitulado “caminhos abertos pelo Vaticano II”, ressalta os documentos que levaram a uma renovação do conceito de missão, com destaque os do Concílio Vaticano II (no qual fazemos uma leitura intertextual, com destaque para a Lumen Gentium, Gaudium et Spes e Ad Gentes), a Evangelii Nuntiandi (de Paulo VI, 1975), a Redemptoris Missio (de João Paulo II, 1990), os Documentos das Conferência do Episcopado Latino Americano e do Caribe – CELAM (com uma leitura intertextual), o atual conceito missio inter gentes (nascido da Federação das Conferências Episcopais da Ásia – FABC) e os alguns pressupostos levantados pelo missiólogo Paulo Suess.
2) No segundo capítulo, intitulado “caminhos abertos pelo Vaticano II”, ressalta os documentos que levaram a uma renovação do conceito de missão, com destaque os do Concílio Vaticano II (no qual fazemos uma leitura intertextual, com destaque para a Lumen Gentium, Gaudium et Spes e Ad Gentes), a Evangelii Nuntiandi (de Paulo VI, 1975), a Redemptoris Missio (de João Paulo II, 1990), os Documentos das Conferência do Episcopado Latino Americano e do Caribe – CELAM (com uma leitura intertextual), o atual conceito missio inter gentes (nascido da Federação das Conferências Episcopais da Ásia – FABC) e os alguns pressupostos levantados pelo missiólogo Paulo Suess.
3) Por fim, no terceiro e último capítulo, elencamos alguns pontos para pensar o ministério atual da missão ad gentes, com base em novos paradigmas que surgem, no qual destacamos o princípio de que todos os batizados são missionários e os novos areópagos da missão: mundo digital, centros urbanos e os “sem religião”, e o diálogo ecumênico e inter-religioso (dentro da perspectiva do pluralismo religioso). Concluiremos fazendo uma pequena consideração sobre a necessidade de “refundarmos” a figura do missionário em seus aspectos humano, cristão e missionário, a partir dos novos desafios que fomos discutindo.
* OBS: Este trabalho acadêmico é resultado de minha pesquisa para o TCC e foi apresentado no Fórum Teológico promovido pela CESTEP (18/05/2010) e no XIII Congresso Metodista de Iniciação e Produção Científica da UNIVERSIDADE METODISTA (26/10/2010).
Muito bem, meu amigo Julio!
ResponderExcluirVisitando teu Blog encontrei teu perfil e alguns dos teus escritos, como este da Missaó inter-gentes.
Parabéns!
Salvador